Fábrica Abandonada

De longe, D. era capaz de avistar a dita fábrica que ambos estavam tanto procurando. Por conta disso, enquanto lentamente direcionava a moto até o lado do estabelecimento com um aumento na velocidade, um suspiro de alívio saia por seus lábios; tinham percorrido um longo caminho para chegarem ali.

O albino, então, estacionou de forma cuidadosa o veículo, em seguida ajudando a mais nova a descer. — Então, qual o seu trabalho aqui, se me permite perguntar? É um lugar bem velho.. — comentava Silence enquanto guardava as chaves no bolso, analisando a forma precária em que o local se encontrava. Apenas pela janela, já era capaz de enxergar como as coisas eram dentro, além de que, aparentemente, algumas pessoas tiveram que se abrigar lá para sobreviver. Sem hesitar, acabou por aproximar-se dos buracos que davam uma visão mais ampla. Investigando, deduziu que o que estava procurando deveria estar perto das máquinas ou em uma das salas com uns produtos. Era realmente dono de um olho de águia qual examinava e via tudo.

there's no great genius without some touch of madness

 

D. que observava a garota calmamente informando-o sobre seu trabalho, achou de certa forma adorável e engraçado a forma como ela agia quando envergonhada. Mas, não tinha motivo para tanta preocupação por conta de um erro bobo. Havia uma solução para aquele problema, e resolveu compartilhá-la antes de entrarem — Bom. Também estou aqui a procura de alguns documentos e mapas — disse, apenas começando a falar. Enquanto isso, caminhava lentamente com a mochila nas costas em direção a entrada da fábrica abandonada, por mais que a 'porta' não fosse mais reconhecível. Talvez qualquer buraco pudesse ser considerado como a mesma — E fui informado que deveria levá-los até o Orfanato Sunshine. Não sei se fomos enviados para a mesma missão, sabe, pessoa, mas creio que ambos devemos ir para lá? Caso queira falar com quem me mandou, tenho o contato aqui. — e completou com serenidade, empurrando de forma cautelosa a porta para poderem prosseguir.

Assim, já tendo adentrado, puxou a escopeta de dentro da mochila, deixando-a posicionada para qualquer um que tentasse atacá-los. Nunca seria tolo o bastante para entrar em um local desconhecido sem ter como se proteger. Logo, avisou-a: — Vamos ter cuidado. Primeiro fazemos uma analise, depois procuramos a fundo. — após falar, Silence deu início a sua busca, caminhando devagar e sempre com atenção aos seus arredores, o dedo indicador próximo ao gatilho. Também mantinha o olho atento na mais nova, não perdendo-a de vista por achar que precisariam da ajuda um do outro naquele momento.

— É.. — saiu inicialmente apenas como um murmúrio — Sabe que você me lembra alguém? — disse, agora sem olhá-la. Estava vasculhando o local inteiro.

there's no great genius without some touch of madness

 

— É, você. — o albino abriu um leve sorriso, a mão apertando mais fortemente o cabo da arma e os dedos inquietos. Estava tudo estranhamente calmo demais, vazio demais. Porém, continuou, de forma curta: — A Raelyn era uma boa garota. — e logo, seu rosto tornou-se levemente melancólico, enquanto o corpo se encostava em uma das paredes. Estavam já há um bom tempo apenas vasculhando e reconhecendo os arredores, e D. admitiu que havia chegado a hora de finalmente cumprirem o que os trabalhos pediam: procurar a papelada. Assim, puxou a máscara que costumava usar do bolso traseiro, amarrando-a lentamente e permitindo que seu tom escuro se mesclasse com o do tapa-olho. O que sobrara de sua visão era uma intensa íris avermelhada.

Foi quando um chiado veio das escadas. Parecia como um animal, e mesmo podendo não ser tão perigoso, empunhou a escopeta — Lança legal, onde conseguiu? — e riu levemente apenas para não os preocupar na situação tensa, indicando que a mesma deveria estar preparada para utilizar sua arma a qualquer momento. O albino, simultaneamente, dava alguns passos em frente para subir mais degraus, sempre atento a todas as direções possíveis. Procurava tanto por um sinal de vida qualquer como pela citada papelada entre tanto musgo e destroços; apenas voltaria ao ter completo o seu trabalho.

there's no great genius without some touch of madness

 

De uma hora para a outra, o rosto de D. havia tornado-se puramente fechado e inexpressivo, apesar de ainda escutar atentamente as palavras da mais nova. E juntamente a isso, os sons que estavam vindo dos seus arredores. Foi quando ouviu aquele agudo barulho e o chiado se intensificando, fazendo tanto erguer a arma por pura proteção, preparado para atirar em qualquer momento, como afastar o rosto, os tímpanos doendo; E finalmente, quando o silêncio voltou, foi que pode encarar aquela criatura parada no final da escada. Não sentia-se intimidado pelo seu tamanho ou aparência distinta de tudo que havia visto, mas temia que acabasse machucando a mais nova. Foi por conta disso que a empurrou cautelosamente para trás, ganhando tempo enquanto a criatura engatinhava, movimentando a mão na mochila para deixar as lâminas fáceis.

— Desça. — ordenou, e no mesmo instante que havia virado-se para encarar o monstro, o cérebro enviou uma mensagem para que se movesse através dos olhos de caçador, tentando desviar com um pulo para fora das escadas, apoiando-se em seu corrimão sem muita força. Possuía um corpo leve – em sua devida altura esguia – e ágil. Dessa forma, independente se havia caído ou conseguido manter-se de pé diante do ataque, elevou a arma até a altura do rosto, mirando perfeitamente no do monstro para ao menos poder distrai-lo, e assim, mantendo equilíbrio com as duas mãos.. apertou o gatilho sem hesitar.

Porém, não havia terminado de forma alguma. Agora, aproveitando-se do seu momento de fraqueza, Silence agarrou fortemente nas aberturas do seu grande katar negro, movimentando-se habilidosamente pelos degraus para poder desferir violentamente um corte na cauda do lagarto, tentando parti-la.

[ Dano da Arma: D15 + 9 ~ Acerto: D15 + 9
Dano do Katar: D15 + 9 ~ Acerto: D15 + 9 ]
Desvio para a cauda do monstro: D15 + 9 ]

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Silence não ousou abrir um sorriso imperceptível no rosto, sequer. Sabia que algo tão grotesco não deixaria-se vencer facilmente, fato que foi comprovado quando sua cauda nasceu novamente de jeito nojento, fazendo-o rapidamente guardar a escopeta na mochila e puxar o par correspondente de seu Katar. Segurou-os firmemente pelo cabo, preparando-se naquele momento e acalmando a respiração enquanto a mais nova atacava-o. Deixou, então, que o segundo certo surgisse em meio toda ação, sendo exatamente quando o monstro chiou com fúria pelo dano, avançando sobre a Faery. O acompanhamento de seu corpo, logo, foi dada pelo olho de D. qual fizera-o erguer rapidamente a arma em forma de 'X' em sua frente após avançar na da garota, na tentativa de bloquear nem que um pouco ou simplesmente impedir que a mesma tomasse tal dano. Ninguém ali se machucaria em sua presença.

Em seguida, tentou desviar do empurrão que consequentemente foi dado pela criatura fora de si, usando a arma como um apoio para fazer um movimento ágil para o lado, raspando pelo caminho lateral, e novamente, desferindo dois ataques seguidos com tamanho impacto pela forma que os movimentou no ar, girando com armas em direção ao seu peito. Queria derrubá-lo para o chão, podendo ter tempo para que pensasse em uma estratégia e claro, por ser um lugar mais aberto onde poderiam comprometer sua vida; Era um dos melhores mercenários, afinal, e a sua mente funcionava junto ao ar da morte.

[ Defesa própria para o empurrão: 1D15 + 9
Bloqueio para proteger a Raelyn: 1D15 + 9
Dano do Katar: 1D15 + 9 ~ Acerto: 1D15 + 9
Dano do Katar: 1D15 + 9 ~ Acerto: 1D15 + 9 ]

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